As cidades estão morrendo. Trânsito cada vez mais caótico, ilhas de calor, espaços públicos de convivência quase inexistentes e uma arquitetura que não se contrapõe e não é sustentável. No lugar dos espaços abertos e ventilados, edificações que se fecham e exigem equipamentos de refrigeração para permitir a comodidade a um custo alto para o meio ambiente. Criar sombras, recuar paredes, vazar muros (colocar combogós, elementos que permitem a iluminação e a circulação do ar), proteger as janelas com beirais, abrir as portas, continuar os espaços e permitir a convivência com a natureza são alguns dos ensinamentos da antiga Escola Pernambucana de Arquitetura, hoje praticamente em desuso. Pelo menos três aspectos contribuem para a desconstrução do que já houve um dia. A própria dinâmica do mercado imobiliário, a ausência desses ensinamentos nas salas de aula e as limitações da legislação do uso e ocupação do solo.
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